Coronavírus

Especialista do Iamspe esclarece sobre a doença do coronavírus

Os coronavírus pertencem a um grupo de vírus responsáveis por doenças respiratórias e gastrointestinais em pássaros e mamíferos, e que quando sofre mutações pode causar infecções no ser humano.

A epidemia atual, que se iniciou na China em dezembro de 2019, foi denominada pela Organização Mundial da Saúde em fevereiro desse ano como COVID-19 e vem se disseminando pelo mundo. Causada por um novo coronavírus, a doença é transmitida principalmente por gotículas das secreções respiratórias produzidas  pela tosse e pelo espirro (via aérea), segundo o diretor do Serviço de Infectologia do Hospital do Servidor Público Estadual Augusto Yamaguti.

A transmissão também ocorre pela manipulação de objetos de uso público ou privado, contaminados pelas gotículas respiratórias que estão depositadas nas suas superfícies (maçanetas, catracas, botões de elevadores, mesas etc), sendo veiculado pelas mãos (via contato), atingindo as vias aéreas altas (boca e nariz) e a mucosa dos olhos, explica o infectologista.

Os sintomas mais frequentemente vistos no COVID-19 são febre, tosse e desconforto para respirar. Podem estar acompanhados ou não de dor de garganta, sensação de fadiga/fraqueza, dor muscular, como ocorre com a gripe comum.

Ainda há muito a ser esclarecido, pois se trata de uma doença nova. Pela observação dos casos diagnosticados na China, o período de incubação varia de três a seis dias, em média, com intervalo que pode chegar até 24 dias. O período de transmissão do vírus não é completamente conhecido, mas sabe-se que mesmo antes do início dos sintomas o doente já elimina o vírus, e também  que aqueles que se infectaram e não apresentam sintomas da doença ou apresentam sintomas leves como um resfriado comum, estão transmitindo o vírus.

Outras doenças conhecidas também causadas por coronavírus são a Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), ocorrida em 2002 (China), e a Síndrome Respiratória Severa do Oriente Médio (MERS) em 2012 (Oriente Médio).

O uso de máscara como visto nas imagens divulgadas pela imprensa, é necessário, principalmente, se a pessoa, inevitavelmente, vai passar ou permanecer em locais de aglomerações em ambiente fechado, como por exemplo saguões de espera de aeroportos, estações de metrô e locais de atendimento médico.

Os órgãos responsáveis pela saúde pública vem divulgando ações para evitar a propagação de qualquer vírus, inclusive o coronavírus, como as descritas abaixo. 

Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, principalmente, após tocar em objetos de manuseio público. Na impossibilidade de lavar as mãos, aplicar e friccionar as mãos com álcool a 70%;

Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;vitar contato próximo com pessoas que estejam tossindo ou espirrando (ideal guardar uma distancia de 1-2 metros destas pessoas);

Se apresentar sintomas respiratórios leves evite sair de casa, tome bastante líquidos e alimente-se bem. Se necessário tome um analgésico ou antitérmico. Caso seja necessário procurar assistência médica pelo agravamento dos sintomas (febre alta, tosse e dificuldade para respirar), procurar sair de casa com máscara ou proteção com lenço que envolva a boca e o nariz;

Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel, que deve ser jogado no lixo. Em seguida, sempre higienizar as mãos conforme orientado acima;

Não dividir objetos e utensílios de uso pessoal;

Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, principalmente se estiverem em local público.

Governo do Estado de SP