Fones de ouvido

Uso constante de fones internos de ouvido oferece risco à audição,
alerta médico do HSPE 

Essencial numa época marcada pela tecnologia, o fone de ouvido também pode trazer riscos para a audição. Especialistas advertem que o uso constante de fone de ouvido no interior do canal auditivo em altos volumes é prejudicial, em especial na infância e adolescência. 

 “O tema gera grande preocupação, pois os aparelhos apesar de possuírem tamanho reduzido, têm grande potência e são capazes de gerar danos irreparáveis à audição. Além do trauma gerado pelo volume, os fones de inserção (colocados dentro do canal) podem causar lesões na pele com risco de causar infecções”, afirma o médico otorrinolaringologista do Iamspe Daniel Okada. 

O especialista acrescenta que quando as crianças usam fone de ouvido não se tem o controle do volume e também do conteúdo do que está sendo ouvido. Deste modo, a recomendação é não liberar o livre uso do acessório na infância.  

Segundo o Dr. Daniel, o nível de tolerância de volume é de cerca de 60 a 70 decibéis. Porém, trata-se de uma medição que necessita de um aparelho específico (decibelímetro), que geralmente não está disponível. Nesse caso, a orientação é que se use até 80% do volume máximo do aparelho. 

“Para se ter ideia, existem fones que ultrapassam 100 decibéis de volume”, alerta o médico. 

O limite de tempo para uso do fone depende do volume. A legislação trabalhista sobre o tema diz que o limite máximo de exposição a ruído é de 85 decibéis por oito horas diárias de trabalho. Porém, isso seria o limite máximo e quem precisa trabalhar exposto a ruído deve usar o protetor auricular, que é um equipamento de proteção individual (EPI). 

O especialista explica que os fones externos que se sobrepõem ao ouvido (headphone) seriam melhor opção, pois não têm risco de lesionar o canal auditivo e conseguem isolar bem o ruído externo, além de permitir melhor qualidade de som e um volume mais baixo para o usuário. 

Governo do Estado de SP