Maria Roseneida

Maria Roseneida Braga de Castro, 61 anos, é auxiliar de enfermagem há 19 anos, sendo 15 anos no HSPE. Rose (como gosta de ser chamada) ficou internada 12 dias (sendo três dias de intubação) no HSPE após o resultado da tomografia apontar que 75% dos seus pulmões estavam comprometidos pela Covid-19. A auxiliar de enfermagem conta que ficou surpresa em permanecer viva após a intubação, pois acreditava que não retornaria para casa. “Eu já estava preparada para partir”, diz. Em Rose, a Covid-19 deixou marcas até o momento irreversíveis, como a síndrome do pânico e sintomas de ansiedade, os quais ainda a impedem de retornar ao trabalho.

Maria Lucia Quaresma, em meio às lágrimas, relata ter sentido medo quando soube do estado da colega. “Naquela noite [da internação], a Rose me mandou uma mensagem pedindo ajuda e oração porque não se sentia bem. Do mesmo modo como eu estava, dobrei os joelhos e orei pela vida da minha amiga”, diz. Além das orações, a Maria Lucia também levava palavras de conforto para Rose, na intenção de animar a amiga. Para a Ana Paula Tisi, ficou a responsabilidade de ser a ponte entre Rose e sua família, mandando notícias do estado da mãe para a filha. “A Rose é uma mulher incrível, de muita fé, e eu precisava fazer aquilo por ela”, finaliza.

 

#PraCegoVer: Na imagem, três mulheres. À esquerda, a enfermeira Ana Paula, vestida com uniforme hospitalar e uma máscara facial cirúrgica no rosto. Em pé, segura uma das mãos da pessoa ao lado. Ao centro, a auxiliar de enfermagem Maria Roseneida, usando um vestido, colares e uma máscara facial cirúrgica no rosto. Está sentada, com as mão dadas as pessoas ao seu redor. À direita, a auxiliar de enfermagem Maria Lucia, vestida com uniforme hospitalar e uma máscara facial cirúrgica no rosto. Em pé, apoia o corpo na pessoa ao lado.

Governo do Estado de SP