Especialista do HSPE alerta para o risco de bebida alcoólica durante a gravidez
A ingestão de álcool neste período pode levar ao desenvolvimento de deficiências físicas e problemas neurológicos no bebê, explica a neonatologista Dra. Helenilce de Paula Costa
Consumir bebida alcoólica durante a gravidez pode prejudicar — e muito — a saúde do bebê. O alerta, da neonatologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Helenilce de Paula Costa, assume proporções mais graves diante do fato de o consumo de álcool no Brasil ter aumentado 20% nos primeiros meses de pandemia, segundo estudo realizado em conjunto pelas universidades UFMG e Unicamp com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para a especialista, o consumo da droga, ainda que considerada lícita, pode acarretar em diferentes lesões caracterizadas pela Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), que vão desde disfunções mais sutis a danos cerebrais, físicos e até problemas comportamentais secundários.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SPB), a SAF é uma doença incurável que afeta de dois a sete recém-nascidos no Brasil. Em alguns casos, a síndrome pode não ser diagnosticada logo após o nascimento do bebê, o que dificulta o tratamento precoce da doença.
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde concluiu que o mais indicado é que as mulheres se abstenham completamente do consumo de álcool durante a gestação, já que todo álcool ingerido pela gestante vai para a criança através da corrente sanguínea e da placenta.
Prevenção da Síndrome Alcoólica
O dia Mundial da Prevenção da Síndrome Alcoólica é celebrado desde 9 de setembro de 1999. A data escolhida simboliza o nono dia do nono mês do ano e visa conscientizar a população que durante os nove meses de gestação a mulher não deve ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica preservando, assim, o desenvolvimento do bebê durante e após a gravidez.