Alterações climáticas desencadeiam crises alérgicas, alerta
diretora do Serviço de Imunologia do Iamspe
A oscilação da temperatura entre períodos muito quentes e outros mais frios afeta diretamente nossa saúde. “Essas alterações climáticas causam impacto negativo no controle das alergias respiratórias e cutâneas”, explica a diretora do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), Dra. Fátima Rodrigues Fernandes.
Segundo a especialista, o clima seco pode desencadear crises respiratórias de asma e rinite por conta do aumento de poluentes, microorganismos e materiais particulados que ficam dispersos no ar. Também pode piorar alergias cutâneas provocadas por ressecamento da pele e o aumento de sudorese que desencadeia coceira e piora das lesões.
A manifestação das crises de rinite é marcada por espirros, coriza, entupimento nasal e coceira no nariz, olhos e garganta. No caso da asma os sintomas são cansaço, falta de ar, chiado no peito, podendo evoluir com dificuldade de oxigenação do sangue e resultar em necessidade de hospitalização, destaca a diretora.
Segundo a Dra. Fátima, as alergias ocorrem em qualquer faixa etária. Mas as crianças e idosos têm mais propensão a crises por fatores desencadeantes como infecções virais e bacterianas, além da própria mudança frequente do clima.
A médica explica ainda que para enfrentar os efeitos das alterações climáticas, como baixa umidade do ar e aumento de exposição a poluentes, recomenda-se aumentar a ingestão de líquidos para manter a hidratação corpórea, uso de soro fisiológico para hidratação da mucosa nasal, evitar exposição a ambientes poluídos e quentes.
A especialista aconselha também escolher ambientes naturais em áreas verdes e com menos poluentes para caminhada e entretenimento.
No ambiente domiciliar, a orientação é manter a casa livre de poeira, fazendo limpeza diária com pano úmido ou aspiradores com filtros Hepa, evitando aspiradores comuns.
As dicas incluem ainda estar atento às medidas de prevenção para cada caso e manter as vacinas em dia. Em caso de crises, o melhor é procurar sempre assistência médica.