50 anos

Cirurgiã plástica Gilka Barbosa Lima Nery completa 50 anos de Iamspe

Referência no tratamento de queimaduras, a especialista diz se orgulhar de sempre aceitar e enfrentar desafios

A trajetória da cirurgiã plástica Gilka Barbosa Lima Nery, referência no tratamento de queimados, se confunde com a história do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). São 50 anos de muito trabalho, grandes desafios e inúmeras conquistas na área da medicina completados neste dia 19 de abril de 2019.

O superintendente do Iamspe, Wilson Pollara, participou da homenagem prestada pelo Instituto à médica nesta segunda-feira, dia 22 de abril. Ao entregar a placa comemorativa em atenção aos 50 anos dedicados por ela ao Iamspe,  Pollara disse que a doutora Gilka  mudou a história do Serviço de Queimados no Brasil a partir do trabalho desenvolvido no HSPE.  

Com uma carreira iniciada no Ceará, a médica prestou concurso para trabalhar no HSPE em 1969, atraída pela oportunidade de trabalhar com o renomado cirurgião plástico e professor doutor Victor Spina. Foi a primeira mulher a trabalhar como assistente do médico.

No início da carreira, Gilka optou pela especialização no tratamento de queimaduras no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, tendo se tornando um dos principais nomes da especialidade no Estado.

Como coordenadora do Programa de Atenção ao Queimados, criado em 1994 pela Secretaria de Estado da Saúde, foi responsável pela implantação de dezenas de Unidades de Tratamento de Queimaduras (UTQs)) no Estado. A médica também trabalhou no Ministério da Saúde quando José Serra foi ministro.

Pioneira, foi a primeira mulher a assumir a diretoria do HSPE. “Tenho orgulho de ter feito parte da equipe do ex-superintendente Nelson Ibañez (1995- 2003) e de ter feito o melhor que podíamos para nosso paciente à frente do hospital.” Segundo ela o paciente foi o foco contínuo daquela administração que também promoveu a auto-estima dos funcionários incentivando o orgulho de pertencer ao HSPE.

No Iamspe, a médica foi responsável pela criação da Unidade de Tratamento de Queimadoras, do Serviço de Cuidados Paliativos, do Programa de Atenção ao Idoso (PAI) “Mário Covas” e do ambulatório de Herbiatria, voltado para atendimento de adolescentes. 

As iniciativas da médica à frente do hospital incluem a restruturação da enfermaria do Serviço de Geriatria com ampliação do atendimento. “Eu tinha uma visão da necessidade de um serviço peculiar para o idoso”, conta. O PAI, criado em 2002, foi o embrião de vários projetos voltados para o idoso desenvolvidos para oferecer prevenção e promoção à  saúde e assim contribuir para diminuir a procura de atendimento médico, explica a médica.

Gilka lembra que, durante sua gestão, o hospital passou por reforma de grande importância para a continuidade assistencial. “A ala ímpar estava fechada por 10 anos e foi reativada.” Reformado, o centro cirúrgico voltou a realizar procedimentos que estavam sendo feitos em hospitais de fora. Também na sua gestão, ocorreu a reforma da Psiquiatria, com a criação do Hospital-Dia em prédio totalmente novo.

“Ainda realizei reformas da creche, além da reforma e reestruturação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e do Pronto-Socorro, inclusive com intervenção direta no serviço que era chefiado por mim.” A médica também foi responsável pela reorganização do trabalho da enfermagem com a exigência de uma enfermeira em cada diretoria de serviço para apoio da área.

A Gestão da médica à frente do HSPE foi marcada por inúmeras ações que passaram a fazer parte do dia a dia do hospital. “Implantei protocolos de conduta e também o manual de padronização de medicamentos para cada serviço do Hospital, além da realização periódica de congressos médicos, cursos e demais eventos para reciclagem e aprimoramento do corpo clínico e de demais profissionais de saúde”, finaliza Gilka.

Governo do Estado de SP