Reumatologista do Iamspe explica os riscos da Osteoporose na terceira idade
Destaque no próximo dia 20 de outubro, Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. No Brasil, esta doença atinge aproximadamente 10 milhões de pessoas. É mais frequente em mulheres na fase pós-menopausa e nos homens acima de 70 anos.
Segundo a reumatologista do Iamspe Elaine Azevedo, a Osteoporose é uma doença silenciosa e frequentemente negligenciada. Não apresenta sintomas até a primeira fratura acontecer e deve ser encarada como uma doença crônica relacionada ao envelhecimento.
A palavra osteoporose significa “ossos porosos”. Os ossos de pessoas com esta doença perdem tanto resistência quanto densidade e, assim, passam a ter uma qualidade ruim. Eles se tornam mais frágeis e o risco de fraturar é maior.
“As fraturas por fragilidade causam dor, incapacidade para realizar tarefas simples como andar e vestir-se e aumento do risco de morte. Estima-se que no Brasil o número de fraturas por osteoporose terá aumento de seis vezes mais em 2050”, acrescenta a médica.
A Dra Elaine destaca também que a doença supera em número os casos de câncer de mama, de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral, consideradas doenças frequentes com o avançar da idade. “Cerca 25% dos pacientes que sofrem fraturas de fêmur morrem até um ano após a fratura, devido às complicações pela imobilização, risco de tromboembolismo pulmonar e de infecções”, diz a médica.
Para pacientes mais idosos com alto risco de queda e perda significativa da resistência e qualidade dos ossos, os tratamentos com medicamentos são necessários para reduzir efetivamente o risco de fraturas. “Os tratamentos demonstraram reduzir em até 40% o risco de fratura de quadril e de 30% a 70% o risco de fraturas vertebrais. Alguns medicamentos, esclarece a médica, reduzem o risco de fraturas não vertebrais de15% a 20%”.
Prevenção
Existem algumas medidas que ajudam a prevenir a osteoporose:
Fazer exercícios regularmente. Por fortalecer os músculos, a atividade física estimula também os ossos a se tornarem mais fortes e a diminuir a chance de cair.
Manter uma alimentação rica em cálcio, proteínas e níveis adequados de vitamina D através da exposição solar ou do uso de suplementos. Há uma infinidade de possibilidades para se obter essa dieta nutritiva; fundamental incluir leite, queijos e outros derivados lácteos consideradas fontes mais ricas de cálcio.
Evitar hábitos nocivos para a saúde, como fumar ou exagerar no consumo de bebidas alcoólicas. Isso porque o cigarro interfere na atividade das células formadoras de ossos. O álcool, por sua vez, dentre muitas ações negativas, diminui as reservas de cálcio no organismo, o que acaba enfraquecendo o esqueleto.
Cuidados e atenção especial devem ser dirigidos para pessoas consideradas como de maior risco para Osteoporose: aquelas com o antecedente pessoal ou familiar de fraturas, as que fazem uso habitual de remédios que afetem a saúde dos ossos como corticoides, os diabéticos ou portadores de doenças ou condições que propiciam maior risco de quedas, por exemplo, algumas doenças neurodegenerativas, as deficiências visual e/ou auditiva, uso de medicações com potencial sedativo.