Gordura no fígado é doença silenciosa e frequente na população, alerta o Iamspe
Especialista afirma que são detectados 300 novos casos por mês no HSPE
A Esteatose Hepática ou Doença Gordurosa Não Alcoólica do Fígado é hoje uma das causas mais frequentes de consultas aos especialistas em gastroenterologia e hepatologia (doenças do fígado).
Segundo a médica do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) Monica Valverde Viana, do Serviço de Gastroenterologia Clínica do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), cerca de 300 novos casos são diagnosticados por mês nas diversas clínicas do hospital.
Por ser uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas, pode evoluir para uma cirrose hepática ou câncer de fígado. “É importante que a população conheça a doença, os seus riscos, formas de controle e tratamento”, alerta a médica.
A maior parte dos portadores de Esteatose Hepática apresenta alterações clínicas como hipertensão arterial, obesidade, colesterol baixo (HDL) e alta taxa de glicemia (açúcar) ou de triglicérides (outras gorduras).
A presença de três destes fatores predispõe fortemente à alteração do fígado com risco de evoluir para cirrose ou câncer.
“O importante é que, se diagnosticada e tratada precocemente, a doença é altamente controlável e em muitos casos curável”, destaca a especialista.
Fatores
Obesidade – circunferência abdominal maior que 88 cm na mulher e maior que 92 cm no homem;
HDL baixo – menor que 50 mg/dl na mulher e menor que 40 mg/dl no homem;
Glicemia – alterada em jejum ou, ainda, insulina alterada ou Hemoglobina Glicada aumentada;
Triglicérides – maior que 150 mg/dl.
O tratamento da doença inclui alimentação balanceada, perda de peso, o controle dos níveis de glicose, triglicérides, colesterol (HDL) e da pressão arterial. A prática de caminhadas e exercícios físicos também é fundamental no objetivo de baixar taxas alteradas.
“Ao adotar esses hábitos, além de tratar a Esteatose, o paciente estará prevenindo outras doenças que agravam a saúde, como a coronariana (Infarto do Miocárdio), e principalmente o Diabetes”, conclui a médica.
