Infecção urinária

Especialista do Iamspe explica as causas e sintomas da infecção urinária

A anatomia feminina faz com que as mulheres sejam mais propensas a ter infecção urinária. Por conta da proximidade entre a vagina e ânus, é preciso atenção redobrada com a higiene, entretanto, outras causas podem contribuir para o aparecimento dos problemas como beber pouca água, segurar a urina por longo tempo, usar roupa íntima com tecido que retém umidade, entre outros. No caso dos homens, a infecção urinária pode ser desencadeada por problemas de próstata. 

A diretora do Serviço de Nefrologia do Iamspe, Dra. Melissa Fernanda Pinheiro Santos, esclarece que a infecção urinária é causada por proliferação de micro-organismos que causam a infecção, sendo a mais comum a Escherichia coli, naturalmente encontrada no intestino. 

O aumento de casos de infecções urinárias é comum em períodos de calor por causa do uso de roupas de banho e permanência da roupa úmida no corpo, o que facilita a proliferação de germes e aumenta o risco de pegar a doença. 

A maioria das infecções ocorre no trato urinário inferior – uretra e bexiga, mas também é registrada em menor frequência no trato urinário superior – rins.  

Com registro de 2 milhões de casos por ano no Brasil, a infecção urinária é preocupante pois, se não tratada adequadamente,  pode se transformar em uma pielonefrite (infecção renal) e até sepse (infecção generalizada), causando a morte do paciente. 

Segundo a Doutora Melissa, os sintomas quando a infecção está restrita à bexiga e uretra são: dor ao urinar, urgência para urinar, aumento da frequência do desejo de urinar, e dor suprapúbica (na parte inferior do abdome). Também pode ocorrer sangramento na urina, mas não ocorre febre. 

Já na pielonefrite, que se inicia habitualmente após um quadro de cistite, ocorre frequentemente febre alta, geralmente superior a 38°C, associada a calafrios e dor lombar de um ou de ambos os lados. 

Ela alerta que, caso alguém apresente os sintomas descritos, é preciso procurar um especialista que saberá indicar o diagnóstico e tratamento adequados. 

A especialista deu algumas orientações para prevenir o problema: 

– Ingerir bastante líquido, de preferência água; 
– Não demorar para urinar, caso tenha vontade; 
– Urinar e fazer higiene prontamente após a relação sexual; 
– Lavar as mãos antes e após urinar e/ou evacuar;  
– Após as evacuações sempre proceda à higiene da frente para trás, evitando levar bactérias da região anal para a uretra; 
– Não tome medicamentos por conta própria.  

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